13 fevereiro 2007

Estranheza

A eterna busca humana pelo auto-conhecimento vem apresentado, nos últimos anos, uma amplitude ainda maior que antes. Isto se deve, como fatores principais, ao caos enfrentado todos os dias na cidade grande e à fluidez das coisas, a transformação tão fugaz e constante que nos deixa perdidos.
Chega ao ponto em que nem nós mesmos podemos descrever o que sentimos. Entender o que se passa no próprio âmago se torna um trabalho hercúleo, um enigma digno da Esfinge. E digo isso porque, caso o indivíduo não se canse em extremo nessa busca, acaba devorado por tal problema.
E acabo, pois, por encontrar um erro no raciocínio dos famosos Românticos do século XIX... Eles defendiam em suas poesias que o estado do tempo no dia é reflexo da alma de quem escreve. Como posso aceitar que, afundado em pensamentos sem-propósito, dúvidas a serem sanadas e um vazio no peito, o dia lá fora exponha uma manhã linda de sol?
Interessante... uma grande nuvem negra vem se aproximando no horizonte...

Pense nisso... Reflita Também...

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