15 abril 2006

Agora isso

Desce a cortina... Fim do primeiro ato, ou talvez do último... A repetição de fatos é uma constante em nossas vidas...
Talvez seja essa a origem da sensação de Déjà vu.
O pôr do sol me cai como uma chuva de pétalas vermelhas... banha meu ego com uma cor que o machuca, mancha, reprova. Dizem q um homem só se faz tal após sentir a dor de um grande amor... O sofrimento maior de uma não correspondência. Assim ele deve se questionar seus valores e perder as grandes esperanças que o tornam frágil. Endurece-se o eu. Será?

Será que, no caso de uma recusa mal aceita, e não desejada, possamos, indevidamente, não aprender e deixar que tudo ocorra novamente, como um ciclo cruel consigo mesmo?
É isso: muitos deixam de aprender com seus erros, e remetem ao século XIX ao insistir no amor que os destrói o peito, dilacera a alma, enforca seu suspiro e agride sua consciência...
Venha, reflita também...

10 abril 2006

Longo Tempo...

Reconheço que esqueci... o alvo de minhas angústias fora deixado de lado... Sinto como se tivesse abandonado um filho bastardo, a dor de não ser justo ou grato por ter me aliviado as tensões na época... Escrevo para mim, ninguém me lê... ou lerá um dia...
Drummond já explorava a dor existencial pela qual todos passam, ao escrever:
"Mundo, mundo,
Vasto mundo,
Se eu me chamasse Raimundo
Seria uma rima e não uma solução..."
Nem sempre se chegam a soluções, ou essas nos são apresentadas...
A alma humana carreia devaneios sem próposito ou aplicação que nem mesmo seus donos aceitam ou acreditam poder por em prática...
Pense nisso, reflita também...