06 abril 2009

Entre o Espelho e os Cacos

O ar nostálgico que me toma em salvas traz consigo um elemento intrigante. Sempre ouvi que só se deve se arrepender do que não tenha feito; entretanto, nunca captei nada no que diz respeito a arrepender-se pelo que tenha sido. E isso é o que me chega agora.
No auge de 22 anos decorridos desde a data de nascimento, olho-me no espelho como que através de um caleidoscópio. Diferente, plurissignificante, multifacetado; e posso dizer, mesmo assim, que não me reconheço e, caso o fizera, não gosto do que vejo. Produto final do que o melhor vindo dos pais e o pior originado das escolhas individuais poderiam criar. Um ar de sábio, daqueles que nada sabem, e um tanto de salvador, que nem a si mesmo pode salvar. Rio do simples fato de ser visto como cuidador: quero o bem dos outros, dou meu melhor nisso e em nada contribuo para o meu próprio.
No espelho, me olho nos olhos; sorrio sem esperanças e agradeço a mediocridade de mais um dia em que, na verdade, não sou: apenas deixo de ser...

Pense nisso querido leitor... O que vê quando se olha nos espelhos da vida? Gosta do que enxerga? Desgosta? Mudaria algo? Enfim... você já sabe: Reflita também...

2 comentários:

Selina Kyle disse...

Olá...
O espelho diz tudo...
O que estamos vivendo...
O que estamos fazendo para sermos felizes...

Ótimo texto...Reflexivo...

Bj!

Selina Kyle disse...

Olá...
O espelho diz tudo...
O que estamos vivendo...
O que estamos fazendo para sermos felizes...

Ótimo texto...Reflexivo...

Bj!