30 dezembro 2008

Auto de Natal

O último dos meses atravessa meus dias
.............................................[como uma adaga
Se espalha como um manto
O gosto acre me torna à boca
E experimento novamente a inanição.
.............................................[Está no ponto!

"Esperança!" gritam mundo afora...
E eu ouço. E ouço. Repito mentalmente,
E nada faço...
Pois mãos efêmeras e lânguidas arrancam,
Fio a fio, a tecelagem do motivo.

Na primeira vez é o novo.
Da segunda, tira-se o espanto.
Surpresa pela falta de reatividade, mais: de atividade,
De um corpo alheio à multidão em vermelho.

Liberto-me. Mentira, me entrego.
Frente àquele nascimento, surgiria-me a força.
E nada me faria mal, dado que tudo posso
.............................................[naquele que me fortalece.

Caio. E ao cair, me perco
Fujo da vivência, desfaço a convivência
Já não questiono...
Sinos tocam, a comida é posta
.............................................[e nada faço

Na primeira, tristeza
Hoje, indiferença...

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Em tempo: agradeço à rósea amiga Lina pelo pequeno conserto. ;)

3 comentários:

Selina Kyle disse...

"Esperança!" gritam mundo afora...
E eu ouço. E ouço. Repito mentalmente,
E nada faço...
Pois mãos efêmeras e lânguidas arrancam,
Fio a fio, a tecelagem do motivo."

Lindo Texto, adorei seu blog!

Anônimo disse...

Natal sempre nos traz esperança, muito lindo seu texto, bj.

Anônimo disse...

Natal é um tema comovente...mto legal seu texto...